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Resíduos: problema ou oportunidade?

28 de outubro de 2024

No Brasil, o gerenciamento de resíduos sólidos é uma questão crucial para a sustentabilidade e para o cumprimento de metas ambientais. Em um país de dimensões continentais, onde cada pessoa produz em média 343 kg de lixo por ano, é evidente que a falta de um gerenciamento eficiente de resíduos sólidos compromete tanto a economia quanto a saúde pública.

Afinal, o que é gerenciamento de resíduos sólidos? 

O gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil refere-se a um conjunto de práticas e normativas que visam a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação adequada dos resíduos gerados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10) foi instituída para regulamentar essas práticas e garantir um manejo mais sustentável dos resíduos no país.

Qual a sua importância?

A importância do gerenciamento de resíduos sólidos é garantir a preservação do meio ambiente, a saúde da população e maior eficiência econômica. Por exemplo, uma indústria que destina resíduos de alto impacto ambiental para um curso hídrico, ao adotar um gerenciamento correto, impede que ele seja descartado na natureza, ocasionando danos à população, bem como, evitando multas e embargos.

Tecnologias de tratamento de resíduos

Atualmente existem diversas formas de garantir uma destinação correta para os resíduos, dentre elas, podemos citar:

Compostagem: A compostagem é um processo biológico no qual resíduos orgânicos, como restos de comida, são decompostos por microrganismos em um ambiente controlado, transformando-se em composto orgânico rico em nutrientes e com uma infinidade de aplicações.

Pirólise: A pirólise é um processo no qual materiais orgânicos são aquecidos, resultando na decomposição térmica desses materiais em gases, líquidos e carvão vegetal. Os produtos resultantes da pirólise podem ser utilizados como combustíveis renováveis, como bio-óleo e biogás, ou como matéria-prima para a produção de produtos químicos e materiais.

Gaseificação: A gaseificação é um processo que converte materiais em um gás combustível sintético, conhecido como gás de síntese. Esse gás pode ser utilizado para gerar eletricidade e calor em sistemas de cogeração ou como matéria-prima na produção de combustíveis, produtos químicos e fertilizantes.

Coprocessamento: O coprocessamento é uma técnica que utiliza resíduos como substitutos de matérias-primas ou combustíveis em processos industriais, como a produção de cimento, por exemplo.

Reciclagem: A reciclagem é o processo de reaproveitamento dos resíduos gerados, de forma que sejam incluídos novamente na cadeia produtiva. O objetivo é reduzir o desperdício, conservar recursos naturais, economizar energia e minimizar o impacto ambiental da produção industrial.

E agora? Como colocar isso em prática?

Empresas e negócios podem adotar um plano de gerenciamento de resíduos sólidos. Devido à regularização, há um passo a passo do que deve ser feito se você quiser ter um bom plano:

  • Identificação/ Classificação: Para começar, deve-se entender o resíduo produzido, seu impacto e qual será a melhor destinação.
  • Segregação e acondicionamento: Após a classificação dos resíduos, é necessário que seja feita a segregação de acordo com a caracterização de cada resíduo, bem como o acondicionamento adequado para cada tipo de resíduo.
  • Destinação: A destinação deve ser ambientalmente mais adequada para a característica do resíduo, proporcionando o seu reaproveitamento na própria ou em outras cadeias produtivas.

Por fim, vale ressaltar que o planejamento e a gestão de resíduos sólidos deve ser manejada por um responsável técnico habilitado e com respaldo do órgão ambiental.